quinta-feira, 19 de dezembro de 2013

Manifestantes pedem asilo para Snowden durante discurso de Dilma

Nesta quarta, presidente disse que não houve solicitação formal.Ex-agente norte-americano que revelou espionagem divulgou carta.


Nesta terça-feira, o jornal "Folha de S. Paulo" publicou uma carta de Snowden, na qual o ex-técnico da CIA afirmava que a Casa Branca continuará interferindo na sua "capacidade de falar" até que ele receba o asilo permanente em algum país, e que o governo norte-americano "vem trabalhando arduamente" para limitar suas declarações.
Ele diz também que muitos senadores brasileiros solicitaram sua ajuda na investigação sobre a suspeita de crimes contra cidadãos brasileiros e que ele expressou sua disposição de auxiliar "quando isso for apropriado e legal". Junto com a carta, uma petição eletrônica que visa pressionar a presidente a conceder o asilo foi publicada no site Avaaz, página que reúne ativistas e organiza abaixos-assinados.


Ele diz também que muitos senadores brasileiros solicitaram sua ajuda na investigação sobre a suspeita de crimes contra cidadãos brasileiros e que ele expressou sua disposição de auxiliar "quando isso for apropriado e legal". Junto com a carta, uma petição eletrônica que visa pressionar a presidente a conceder o asilo foi publicada no site Avaaz, página que reúne ativistas e organiza abaixos-assinados.

Manifestantes levantaram cartazes para pedir asilo permanente no Brasil ao ex-agente de inteligência norte-americano Edward Snowden durante o discurso da presidente Dilma em São Paulo. Dilma participou de tradicional cerimônia do Natal Solidário dos catadores de materiais recicláveis.
Cerca de dez jovens com camisetas amarelas e máscaras com o rosto de Snowden ligados à Avaaz, comunidade de mobilização online, exibiram os cartazes. Nesta quarta-feira, a presidente Dilma Rousseff disse que não se manifestará sobre o eventual interesse de Snowden em obter asilo no Brasil.

Acusado de vazar informações sigilosas de segurança dos Estados Unidos está asilado temporariamente na Rússia. As informações do ex-agente levaram à revelação de que a presidente Dilma Rousseff, ministros, assessores e a Petrobras foram alvo de espionagem da NSA, a agência de inteligência dos EUA.
Michael Freitas, diretor de campanhas da Avaaz.org, que organizou o protesto disse que a intenção foi apenas passar uma mensagem para a população brasileira. "O Snowden tem uma trajetória clássica de um herói, ele se sacrificou para abrir os olhos da população mundial e em particular do Brasil", disse.
Freitas diz que entre três países, o ex técnico da agência americana escolheu o Brasil. "Nós não vemos razão pra Dilma não conceder o asilo. O Brasil tem uma tradição enorme de asilo político, já até concedeu pra ditador de país vizinho. Não faz sentido a presidente não conceder boas vindas ao Snowden", ressaltou.
Já Thiago Aguiar, da organização Juntos, que também participou do protesto, diz que o analista deve revelar novas informações importantes sobre a espionagem americana. "Nós temos a convicção que se isso for liberado coisas muito importantes vão vir à tona e que prejudicam não só nossos direitos democráticos, mas também a soberania nacional. Então a presidenta Dilma tem o dever, como chefe de estado, de acolher o Snowden porque ele conhece segredos que envolvem a nossa vida".
No fim do seu discurso, a presidente Dilma disse saber a importância dos movimentos sociais. "Meu governo sabe que os movimentos sociais são imprescindíveis para a democracia", afirmou, sem mencionar o protesto.
Nesta quarta, Snowden divulgou carta pública na qual sugere que deseja obter asilo permanente, para que possa continuar a fazer revelações. "Até que um país conceda asilo político permanente, o governo dos EUA vai continuar a interferir na minha capacidade de falar', disse o ex-agente.
Dilma afirmou que não houve solicitação de asilo para o Brasil e disse que não interpreta cartas.
“A nós não foi encaminhado nada, e eu me dou completamente o direito de não me manifestar sobre o que não foi encaminhado. Vou me manifestar como? Não me encaminharam nada, não me pediram nada e, mais do que isso, eu não interpreto cartas de ninguém. Não é minha missão”, declarou. “Eu não acho que o governo brasileiro tem que se manifestar sobre algo de um indivíduo que não deixa claro, não dirigiu nada para nós", afirmou.

Nesta terça, ao jornal 'O Globo', o jornalista Glenn Greenwald, que divulgou as primeiras denúncias de Snowden, negou que o americano tenha pedido asilo no Brasil. Segundo ele, a carta foi mal interpretada.
"Snowden é contatado com frequência pelas autoridades brasileiras para colaborar nas investigações sobre a espionagem no país e ele quis explicar por que não poderia ajudar. Em nenhum momento ele pede um novo asilo, isso é completamente errado. Basta ler o conteúdo da carta", declarou ao jornal.

Carta

Nesta terça-feira, o jornal "Folha de S. Paulo" publicou uma carta de Snowden, na qual o ex-técnico da CIA afirmava que a Casa Branca continuará interferindo na sua "capacidade de falar" até que ele receba o asilo permanente em algum país, e que o governo norte-americano "vem trabalhando arduamente" para limitar suas declarações.

Ele diz também que muitos senadores brasileiros solicitaram sua ajuda na investigação sobre a suspeita de crimes contra cidadãos brasileiros e que ele expressou sua disposição de auxiliar "quando isso for apropriado e legal". Junto com a carta, uma petição eletrônica que visa pressionar a presidente a conceder o asilo foi publicada no site Avaaz, página que reúne ativistas e organiza abaixos-assinados.



segunda-feira, 9 de dezembro de 2013

04/12 - Em manifestação, índios tentam subir rampa do Palácio do Planalto




Os índios se concentraram no Centro Internacional de Convenções do Brasil (CICB), próximo à Ponte JK e seguiram até o palácio. O grupo protesta contra o que classificam como mais uma iniciativa do governo federal para inviabilizar a demarcação de terras indígenas. A presidente Dilma Rousseff não estava no local.

O estopim da manifestação foi o esboço de uma portaria que, segundo as lideranças indígenas, o Ministério da Justiça está produzindo. Representantes do movimento dizem ter tido acesso à cópia do documento no último final de semana. Segundo Sônia Guajajara, uma das coordenadoras da Articulação dos Povos Indígenas do Brasil (Apib), o texto estabelece mudanças nos procedimentos legais necessários ao reconhecimento e à demarcação de terras indígenas. Assessores do ministério conversaram com um grupo de índios que exigia uma audiência com o ministro José Eduardo Cardozo

"A gente entende que a minuta servirá só para dificultar ainda mais o processo de identificação e demarcação de terras. O governo federal e o Congresso Nacional estão aliados para atacar e diminuir os direitos indígenas, principalmente os territoriais, favorecendo o agronegócio e o latifúndio", disse Sônia Guajajara à Agência Brasil, adiantando que o grupo quer ouvir o ministro José Eduardo Cardozo sobre o assunto.

Atualização: 04/12/2013 14:15
Com Agência Brasil.

Bill Clinton elogia Bolsa Família e fala sobre manifestações no Brasil

RIO DE JANEIRO, RJ, 9 de dezembro (Folhapress) - O ex-presidente dos Estados Unidos, Bill Clinton, alertou hoje sobre a necessidade de redução da desigualdade e elogiou o programa do governo brasileiro Bolsa Família. 

"O Brasil teve sucesso em reduzir a desigualdade. Programas como o Bolsa Família, fundamentado no Bolsa Escola, são muito importantes", afirmou durante a abertura da Clinton Global Initiative América Latina (CGI América Latina), evento que reúne líderes dos setores empresariais, governamentais, filantrópicos e sem fins lucrativos, até amanhã no Rio.
Clinton também citou as recentes manifestações que tomaram conta do país e citou a guerra civil na Síria, onde "o governo respondeu atirando nas pessoas". Enquanto isso, disse, durante as manifestações populares no Brasil "o caminho escolhido foi o diálogo". "Cooperação funciona melhor para reduzir os nossos problemas", afirmou. 
O ex-presidente dos EUA também citou preocupações em relação a inatividade dos jovens brasileiros e o aumento da proporção de pessoas acima do peso, que estaria em 38% no país.
Clinton falou ainda sobre a crise global de desemprego e chamou um painel para debater oportunidades de crescimento, com a participação de empresários. "Em todo o mundo há falta de postos de trabalho".

Alguns manifestantes se reúnem em frente ao Copacabana Palace, onde ocorre o evento. Eles colocaram cartazes no entorno dos jardins e são monitorados por policiais. Até o momento, não há confrontos. Um dos cartazes dizia que Clinton não eram bem-vindo. 
Por Bernardo Mello Franco e Mariana Sallowicz 
TNOnline

  

quinta-feira, 5 de dezembro de 2013

A Câmara dosDeputados aprovou nesta quarta-feira (4) em dois turnos proposta de emenda àConstituição (PEC) que torna o transporte público um direito social.


Apesar de alterar a Constituição, o texto não cria parâmetros que estabeleçam a garantia desse direito. A proposta ainda precisa ser votada em dois turnos no Senado antes de ser promulgada pelo Congresso.
A PEC, de autoria da deputada Luiza Erundina (PSB-SP), foi protocolada em 2011, mas só foi aprovada na Comissão de Constituição e Justiça (CCJ) em junho, após as manifestações de rua que se espalharam pelo país.
Caso o texto seja aprovado em definitivo pelo Congresso, o transporte passará a ser mais um direito social garantido pela Constituição. Hoje a Carta Magna estabelece como direito social educação, saúde, alimentação, trabalho, moradia, lazer, segurança, previdência social, proteção à maternidade e à infância e assistência aos desamparados.

Antes de iniciar a votação em plenário, a deputada Luiza Erundina solicitou que o texto fosse retirado de pauta, receosa de que não houvesse quórum mínimo para garantir os 308 votos necessários à aprovação. No entanto, o presidente da Câmara, Henrique Eduardo Alves, segurou a sessão até que houvesse quórum seguro para a aprovação em dois turnos.

Erundina lembrou que a mobilidade urbana foi o tema que motivou o início das manifestações populares.
"Este ano, o movimento de rua confirmou o problema grave da mobilidade urbana do transporte público nas grandes cidades. [...] A sociedade não vai entender se esta Casa não votar favoravelmente a esta proposta", declarou Erundina.
Desde que a Constituição foi promulgada, em 1988, os congressistas já promoveram duas modificações no artigo que trata sobre os direitos sociais. Em 2000, foi aprovada emenda que acrescentou a moradia à lista de direitos sociais. Uma década depois, outra emenda declarou que a alimentação também é um direito fundamental dos cidadãos brasileiros.

Felipe Néri e Nathalia PassarinhoDo G1, em Brasília


Na verdade isso não interfere em nada, o transporte público já era um dever do Estado, mas o que realmente importa é que seja um transporte público de qualidade!!!

domingo, 1 de dezembro de 2013

Manifestações artísticas em Ipanema denunciam a violência policial!

Rio de Janeiro - Um dos cartões-postais mais cariocas, a Praia do Arpoador, em Ipanema, zona sul da cidade, foi palco hoje (30) de manifestações artísticas para denunciar a violência policial e refletir sobre as relações humanas. Em uma das performances, 100 quilos de beterraba desidratada foram despejados na praia e coloriram o mar de vermelho em referência à "falta de amor".

A intervenção fez parte projeto Somos Todos Amarildo e de mais uma edição do Alalaô, iniciativa que tradicionalmente faz intervenções artísticas no Arpoador. A atividade de hoje reuniu onze artistas no fim da tarde.

Ao som de marchinhas que se consolidaram nas manifestações de julho, Ronald Duarte espalhou com ajuda de voluntários a beterraba desidratada na praia, para cobrar mais amor nas relações humanas. “É o que a gente mais precisa contra toda a violência que estamos vendo aí", disse.

“O auto de resistência é um nome que a PM [Polícia Militar] deu para mascarar as execuções cometidas por policiais”, disse. “Foi criada na época da ditadura para justificar mortes sem legítima defesa das vítimas, como tiros pelas costas”.

Já um grupo de artistas representado por Joana Cseko fez lambe-lambes gigantes com imagens de pessoas desaparecidas. Batizada de Desaparecidos da Democracia no Rio de Janeiro, a instalação escolheu casos que têm em comum o envolvimento da PM.

No caso famoso mais recente, o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, sumiu depois de prestar depoimento em uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rocinha e policiais são acusados de terem torturado o ajudante de pedreiro até a morte. Os PMS aguardam presos o julgamento. Para lembrar o caso Amarildo, foram distribuídas máscaras com o rosto do pedreiro.


Correio Braziliense
Agência Brasil


Marco Aurélio assume presidência do TSE e critica manifestações | Agência Brasil

Marco Aurélio assume presidência do TSE e critica manifestações | Agência Brasil

Da Agência Brasil
Brasília - O ministro Marco Aurélio Mello foi empossado hoje (19) no cargo de presidente do Tribunal Superior Eleitoral (TSE). O ministro substituirá a presidenta Cármen Lúcia, que ocupou a função durante dois anos. A cerimônia de posse foi acompanhada pelo vice-presidente da República, Michel Temer, o presidente do Senado, Renan Calheiros, e pelo vice-presidente do Supremo Tribunal Federal (STF), Ricardo Lewandowski, além de outras autoridades do Judiciário.
Marco Aurélio ocupará a cadeira de presidente do TSE pela terceira vez. O primeiro mandato foi 1996 e 1997 e o segundo, de 2006 a 2008. No entanto, o ministro não presidirá as eleições do ano que vem. Dias Toffoli, empossado na vice-presidência, ocupará a cadeira de Marco Aurélio, que deixará o TSE em maio de 2014, quando completará quatro anos seguidos no tribunal, e deverá ser substituído por outro ministro do Supremo Tribunal Federal (STF).
Em seu discurso de posse, o ministro criticou a violência das manifestações nas ruas e destacou que a urna deve ser o local de protesto dos cidadãos. “Descabe apoiar a bandalheira, o quebra-quebra dos encapuzados, o enfrentamento às autoridades. Mostram-se inviáveis a paralisação das atividades, o fechamento de vias públicas, o desatino, quando se tem à disposição o mais eficaz instrumento de modificação da realidade social e política, o voto! Sim, a vontade do povo é soberana, mas deve ser depositada nas urnas e não incendiada nas lixeiras das ruas”, frisou o ministro.
Edição: Marcos Chagas