domingo, 1 de dezembro de 2013

Manifestações artísticas em Ipanema denunciam a violência policial!

Rio de Janeiro - Um dos cartões-postais mais cariocas, a Praia do Arpoador, em Ipanema, zona sul da cidade, foi palco hoje (30) de manifestações artísticas para denunciar a violência policial e refletir sobre as relações humanas. Em uma das performances, 100 quilos de beterraba desidratada foram despejados na praia e coloriram o mar de vermelho em referência à "falta de amor".

A intervenção fez parte projeto Somos Todos Amarildo e de mais uma edição do Alalaô, iniciativa que tradicionalmente faz intervenções artísticas no Arpoador. A atividade de hoje reuniu onze artistas no fim da tarde.

Ao som de marchinhas que se consolidaram nas manifestações de julho, Ronald Duarte espalhou com ajuda de voluntários a beterraba desidratada na praia, para cobrar mais amor nas relações humanas. “É o que a gente mais precisa contra toda a violência que estamos vendo aí", disse.

“O auto de resistência é um nome que a PM [Polícia Militar] deu para mascarar as execuções cometidas por policiais”, disse. “Foi criada na época da ditadura para justificar mortes sem legítima defesa das vítimas, como tiros pelas costas”.

Já um grupo de artistas representado por Joana Cseko fez lambe-lambes gigantes com imagens de pessoas desaparecidas. Batizada de Desaparecidos da Democracia no Rio de Janeiro, a instalação escolheu casos que têm em comum o envolvimento da PM.

No caso famoso mais recente, o ajudante de pedreiro Amarildo de Souza, sumiu depois de prestar depoimento em uma Unidade de Polícia Pacificadora (UPP) na Rocinha e policiais são acusados de terem torturado o ajudante de pedreiro até a morte. Os PMS aguardam presos o julgamento. Para lembrar o caso Amarildo, foram distribuídas máscaras com o rosto do pedreiro.


Correio Braziliense
Agência Brasil


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