O vice-ministro egípcio pediu neste sábado que se revise a polêmica lei que proíbe a realização de manifestações sem autorização prévia, no mesmo dia em que a polícia dispersou manifestantes pró-democratas.
A promotoria ordenou a prisão de Maher por ter organizado na terça-feira manifestações que não obtiveram autorização prévia.
Maher escreveu em seu Twitter que "nosso sonho (durante a revolta de 2011) era viver com dignidade, mas os militares, (os restos do) regime corrupto de Mubarak e seus aliados (...) combatem esse sonho com prisões e repressão".
Na sexta, as forças da ordem egípcias dispersaram manifestantes islâmicos em função da mesma lei.
Desde 14 de agosto, o novo governo lançou a polícia e o Exército em uma onda de repressão extremamente sangrenta contra manifestantes que pedem o retorno ao poder de Mursi, primeiro presidente democraticamente eleito no Egito e destituído pelos militares.
Determinado a aplicar a nova lei que restringe o direito de manifestação, o Ministério do Interior advertiu quinta-feira à noite "contra a organização de qualquer mobilização (...) contrária à lei", afirmando que irá agir "contra essas atividades ilegais com firmeza".
Ignorando o aviso, os islâmicos, liderados pela Irmandade Muçulmana, à qual pertence Mursi, convocaram manifestações em todo o país, após a morte de um estudante durante a dispersão pela polícia de um protesto na Universidade do Cairo.
CAIRO, 30 Nov (Reuters) - Ahmad Maher, um símbolo do levante popular que derrubou Hosni Mubarak em 2011, entregou-se às autoridades neste sábado após a expedição do pedido de prisão do ativista por ter desafiado uma nova lei que restringe manifestações.
A legislação, lançada há uma semana pelo governo interino apoiado pelo Exército, provocou um clamor entre os grupos de ativistas.
O Exército depôs o presidente eleito Mohamed Mursi em 3 de julho, seguindo os protestos em massa contra o governo. Desde então, o país vive uma agitação generalizada.
Maher e cerca de 100 apoiadores fizeram uma caminhada até o tribunal de Abdeen, cantando: "Abaixo, abaixo o governo militar! Vamos escrever nos muros da prisão que o governo do Exército é uma vergonha e uma traição!"
Confrontos entre ativistas e as forças de segurança do lado de fora do tribunal seguiram-se à entrega de Maher. A polícia usou gás lacrimogêneo e cassetetes para dispersar a multidão.
( Reportagem de Asma Alsharif) R7
Em pensar que o Egito foi às ruas fazendo parte da Primavera Árabe, quando em 11 de fevereiro de 2011 após 18 dias de protestos em massa, o presidente Hosni Mubarak renunciar após 30 anos de mandato e (Mais tarde foi condenado a prisão perpétua pela morte de 850 manifestantes nos protestos que o derrubaram em 2011). E que foram um grande exemplo para nossas manifestações em Junho de 2013 no Brasil.
Este Blog é solidário e apoia o povo Egípcio em suas manifestações (pacíficas ou não) já que é óbvio que o governo autoritário do exercito egípcio nunca vai autorizar uma manifestação contra o sua ditadura autoritária!!! Viva as manifestações no Egito!
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